A sinalização celular é a resposta adaptativa da célula a um estímulo extracelular. A transdução do sinal extracelular para o interior da célula pode levar desde à produção ou degradação de uma determinada proteína até a morte celular programada ou  ainda à divisão celular. Este processo  ocorre principalmente via interações proteína-proteína e reações de fosforilação e desfosforilação de proteínas substratos específicos, desencadeados respectivamente, pelas quinases e fosfatases. A fosforilação de proteínas é a transferência do grupo fosforila do ATP para aminoácidos específicos, sendo normalmente em eucariotos, para serinas, treoninas e tirosinas. A desfosforilação é a remoção do grupo fosforila destes aminoácidos. Estas reações são chaves nas células e fazem parte tanto de processos fisiológicos quanto patológicos. Em diversas patologias as quinases apresentam atividade e expressão alterada, tornando-as bons alvos terapêuticos. De fato, as empresas farmacêuticas têm dedicado vários esforços para encontrar novos moduladores específicos das diferentes quinases, o que tem sido uma tarefa extremamente difícil devido à conservação destas enzimas, o que limita a especificidade de ação destes moduladores. O grande interesse do meu laboratório é entender como ocorre  a  regulação da expressão de determinadas quinases e a especificidade de interações de quinases com seus respectivos substratos. Especificamente estamos estudando a expressão, e mutações de membros da família da Proteina quinase C (PKC),  serina/ treonina quinases e a TrkA uma tirosina quinase acoplada ao receptor de alta afinidade para o fator de crescimento neural (NGF), em processos fisiológicos e patológicos como cancer e insensibilidade à dor. Para tanto utilizamos técnicas bioquímicas, de biologia molecular e celular e de modelagem molecular.


Pesquisadora Responsável


  Deborah Schechtman
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CV Lattes
ORCID


Técnicos


  Bianca Dazzani Marcolino
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CV Lattes 

Especialista de laboratório


Pós-doutores


  Damian Emilio Berardi
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CV Lattes

Identificação de proteínas alvos da PKCλ e vias de sinalização em tumor de pâncreas
O adenocarcinoma dutal é a neoplasia maligna mais comum do pâncreas e é caracterizada por uma resistência notável a maioria dos tratamentos disponíveis, incluindo a quimioterapia, radioterapia e a terapia molecular. Uma das principais características do câncer de pâncreas é a invasão e a metástase após o início precoce da propagação da doença. As proteína quinase C atípicas (aPKCs), serina/treonina quinases, foram descritas como componentes-chaves na determinação da polaridade celular, interagindo com o complexo defeituoso Partitioning (complexo Par). Especificamente, no que se refere ao câncer de pâncreas, estudos prévios demostraram que a PKCλ desempenha um papel importante na invasão e metástase. Além disso, a expressão da PKCλ está significativamente aumentada neste tipo de câncer e a inibição da ,mesma bloqueia o crescimento de células de adenocarcinoma dutal pancreático e a tumorigenicidade, bem como a angiogênese e metástase de tumor pancreático. No entanto, os mecanismos moleculares pelos quais a PKCλ leva a tumorigênese ainda não são claros. Os inibidores disponíveis de PKCλ não são muito específicos e conduzem a resistência a fármacos, possivelmente porque mutações frequentes são encontradas no domínio catalítico da quinase. Especificamente, a inibição das interações proteína-proteína de PKCλ com proteínas alvo pode ser mais efetiva. Assim, no presente projeto, pretendemos identificar e caracterizar substratos e proteínas de ligação a PKCλ e determinar as vias de sinalização que estão envolvidas na perda de polaridade epitelial, migração e invasão de células de câncer de pâncreas.


Alunos de Doutorado


  Dimitrius Tansini Pramio
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CV Lattes

Mecanismos epigenéticos de regulação da expressão da PKMz
A proteína quinase C Zeta (PKCz) um membro da sub-classe de PKCs atípicas é descrita como tendo um papel importante em processos de estabelecimento e manutenção da polaridade celular. No sistema nervoso (e apenas nele), no entanto, uma isoforma menor desta quinase, , a proteína quinase C M-Zeta (PKMz), transcrita  a partir de um promotor intrônico, é abundantemente expressa, e está relacionada a processos de formação de memória a longo prazo, além de estar associada a episódios de depressão.  A proposta do meu projeto é entender os mecanismos de regulação da expressão da PKMz, através de componentes epigenéticos que atuam no promotor desta isoforma,  utilizando ferramentas de bioquímica e biologia molecular. Mais especificamente, estou avaliando o padrão de metilação do DNA neste promotor e sua dinâmica com marcas covalentes de histona, que em última análise possibilitam ou reprimem o ancoramento de fatores de transcrição específicos.


Alunos de Mestrado


Denise Vianna
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Anticorpos anti cPKC ativas
Consideradas uma chave regulatória na função celular, proteínas quinases (PK) são capazes de orquestrar a atividade da maioria dos processos biológicos, sendo que sua desregulação da atividade/ expressão das quinases pode levar a diversos processos patológicos como câncer e insensibilidade a dor. Há, portanto, clareza que, investigar a dinâmica de quinases, é de fundamental importância na caracterização das vias de sinalização em câncer e em outras doenças. O objetivo do meu projeto é desenvolver novos anticorpos  que possibilitem a análise in situ da atividade das proteínas quinases C (PKCs) em específico, uma ferramenta que possa discriminar a PKC ativa das inativas em diferentes amostras teciduais ou cultura celular.

Allan Pradelli Roldão
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CV Lattes

Vias de sinalização desencadeadas pela TrkA
Mutações encontradas na tirosina quinase, receptor de tropomiosina quinase (TrkA), uma quinase acoplada ao receptor do fator de crescimento neural (NGF) de alta afinidade levam a uma menor sensibilidade a dor no Naked mole rat. Meu projeto visa estudar as vias de sinalização desencadeadas pela da TrkA ativada pelo NGF comparando-se a proteína humana com selvagem com uma proteína com as mutações presentes no NMR. Viso também identificar novos substratos da TrKa desenvolvendo novos método para a detecção de substratos de serina/treonina e tirosina quinases.

Beatriz C. de Moraes
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CV Lattes

Efeito de mutações no gene TrkA sobre vias de sinalização celular
A Insensibilidade Congênita à Dor com Anidrose (CIPA) tem como principal sintoma a falta de percepção da dor sensorial, podendo apresentar diferentes níveis e a ausência dos nervos nociceptivos e simpáticos. Um dos principais fatores que levam a doença, são mutações que causam perda de função do receptor de tropomiosina quinase (TrkA). Já existem muitas mutações descritas na CIPA, algumas dessas no domínio quinase do receptor, essas serão os alvos de estudo da pesquisa, para assim avaliarmos possíveis diferenças nas vias de sinalização celular ( PLC, PI3K e Erk) causadas pelas mutações.


Departamento de Bioquímica
Instituto de Química
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